Anjo da guarda, mentor, guardião, ancestrais, guia, eu-superior… vários são os nomes para a ideia de que uma existência espiritual nos acompanha e orienta, indicando o caminho mais adequado a nós e também nos protegendo de pessoas e situações que podem ser prejudiciais.
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O ideal, portanto, seria que nos mantivéssemos sempre em contato com essa espiritualidade, para recebermos as melhores instruções para o dia a dia e também termos a compreensão necessária para nosso desenvolvimento.
Dessa forma, o que podemos fazer para estabelecer essa conexão e receber as informações que precisamos? Como agir para manter a espiritualidade sempre próxima a nós?
Não dá para conectar
Para responder a essas questões, primeiro é necessário aprofundar um pouco mais e avançar na compreensão de que não há nada que se possa fazer para se estar mais conectado com a espiritualidade.
Isso porque eles nunca estão desconectados de nós. E não dá para ligar algo que não está desligado.
O que acontece é que somos nós que nos esquecemos desse vínculo inquebrável de amor. Com isso, é como se nós mesmos bloqueássemos o fluxo de informações e orientações deles.
Sabe quando você acha um dinheiro esquecido no bolso da calça jeans? É isso! Sua espiritualidade sempre esteve ali, assim como o dinheiro estava no bolso da calça. Era você que se via “sem um tostão do bolso”, assim como é você que está se esquecendo de todo esse amparo espiritual que te acompanha a todo momento.
Religião, rituais e orações
Existem várias ferramentas que podem nos ajudar a tomar consciência dessa conexão constante e integral com a espiritualidade. É necessário um processo de autoconhecimento e busca pessoal para identificar qual a ferramenta mais combina com você.
A palavra “religião” se origina do verbo “religare”, em latim, que significa “religar”, trazendo a ideia de ligar novamente o ser humano a Deus.
A meu ver, para ser mais coerente com a sua função, a religião deveria se chamar “relembração”, pois é uma forma de nos lembrar desse vínculo com o espiritual e divino.
Os rituais e orações também são ferramentas interessantes nesse processo, mas são realmente eficientes quando feitos com presença e intenção, com o coração sincero e aberto para perceber essa conexão.
Quando realizados de maneira superficial e sem o direcionamento correto da mente, acabam sendo mecânicos ou como um papagaio, apenas repetindo palavras e padrões, sem a vivência de uma experiência verdadeiramente espiritual.
Conecte-se a você primeiro
Vamos aprofundar um pouco mais esta reflexão: se já tivermos consciência de que a espiritualidade está sempre conosco, por que, mesmo assim, podemos nos sentir desamparados e perdidos?
É que, às vezes, somos nós que não estamos conosco. E, apesar de parecer estranho, isso acontece com mais frequência do que se imagina.
Nos distanciamos de nós mesmos quando não respeitamos nossos desejos do coração, quando queremos parecer algo diferente do que realmente somos, quando seguimos alguma tendência só pela modinha, sem que aquilo tenha valor para nós, quando fazemos algo só para agradar os outros…
Tudo isso nos afasta da nossa verdade, do nosso coração. Como não estamos conosco, bloqueamos o canal e não conseguimos receber as orientações e proteções da espiritualidade.
A excelente notícia é que é possível reverter esse quadro. O caminho é o autoconhecimento, que pode ser muito potencializado com processos terapêuticos.
Nesse caminho, você olha para você, descobre quem é, aprende a se amar e se aceitar e, assim, fica mais difícil se desrespeitar e se afastar da sua verdade. Naturalmente irá sentir mais contentamento e paz, percebendo a espiritualidade conduzindo e amparando a todo instante.
Texto: Bia Albuquerque (@biaaterapeuta), terapeuta energético-espiritual, humanoterapeuta, psicanalista espiritualista, facilitadora do Círculo da Vida e ledora de baralho terapêutico
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