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Responsabilidade Esotérica: afinal, como você vive a sabedoria dos oráculos?

Saber usar as ferramentas esotéricas, os oráculos, com responsabilidade, nos leva a entender melhor nossa posição na vida

mesa com oráculos como cartas de tarot
Tenha responsabilidade com as energias - Foto: Shutterstock

Você já reparou que tudo na vida se desenvolve através da nossa disposição em se aprofundar verdadeiramente? Claro que no caminho vamos encontrar resistências e desafios, mas de fato o ser humano não teria chegado tão longe se os questionamentos não fossem explorados pelos curiosos, estudiosos sobre o funcionamento do universo, do ser humano e de tantos outros saberes. Sem esse aprofundamento, tudo não passaria de suposições e achismos, informações que não nos levariam para lugar nenhum. Pensando nisso, fica aqui o questionamento:  você tem usado as ferramentas esotéricas conhecidas como Oráculos –  tarot, Astrologia, I Ching, borra de café, búzios entre tantas outras como curiosidade ou como fonte de conhecimento e aprimoramento pessoal?

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Responsabilidade com oráculos e o conhecimento Empírico e Teológico

Ao interagir e experienciar, o ser humano desenvolve um tipo de conhecimento que hoje é chamado de empírico – senso comum ou conhecimento popular. Ele é transmitido de geração em geração e se apoia em nossas experiências, observações e trocas com o ambiente onde estamos inseridos. Para se basear nas experiências e práticas do dia a dia, ao testar esse tipo de conhecimento vemos que ele está sujeito a falhas, isso porque cada um viverá a experiência de um jeito único e em condições únicas. O uso do fogo, o surgimento da caça, agricultura e a domesticação de plantas e animais são exemplos de conhecimentos empíricos transmitidos desde os primórdios da civilização, costumes que passavam de um para o outro.

A doutrina como caminho

Um outro tipo de conhecimento que permitiu ao ser humano explicar e organizar uma realidade muitas vezes ameaçadora, dolorosa e perigosa é o conhecimento Teológico, refere-se a qualquer conjunto de doutrinas e ideias que não podem ser testadas e por isso adquirem uma característica dogmática, esse conhecimento distribui verdades absolutas que apresentam todas as explicações e que hoje definimos como fé. Um exemplo da importância desse tipo de conhecimento é quando perdemos um ente querido: nada pode nos consolar, mas as matrizes teológicas nos trazem conforto e nos ajudam a suportar melhor a perda.

O Conhecimento Filosófico e Científico

Acompanhando e também impactando os avanços das civilizações, o ser humano passou a refletir e questionar suas próprias observações e experiências, saindo do “piloto automático”, do senso comum e desenvolvendo um pensamento crítico. Surge assim, por volta do século 7 a.C, mais um tipo de conhecimento, o chamado conhecimento filosófico. Um saber orientado para construção de conceitos, teorias e ideias, que podem ou não ser testadas, e que também está sujeita a falhas, mas podendo ser aproximadamente exata, pois ele segue um sistema lógico-racional e não dedutivo quando comparado ao conhecimento empírico. Esse tipo de saber nos leva a estudar e desenvolver o raciocínio, desde as questões mais básicas até as mais profundas da existência humana, para assim, tomarmos decisões consistentes sobre a nossa interação no mundo e desenvolver nossas capacidades e habilidades pessoais. Esse conhecimento foi a base para o surgimento de um mais um tipo de conhecimento, que nasceu no mesmo século, o chamado conhecimento científico que buscava a descoberta de um princípio originário de todo o Universo, disseminado inicialmente por Tales de Mileto, Anaximandro, Heráclito, Demócrito, Pitágoras e posteriormente por figuras como Sócrates, Platão, entre outros.

Período de escuridão do conhecimento

Por muito tempo o conhecimento foi desvirtuado para o controle das massas. Os avanços territoriais e a sobreposição de novos conceitos, ideais e diferenças culturais, causavam preocupações e despertavam a sensação da perda de controle e de ameaça em qualquer um que comandava um território. E assim, surgiu o método de controle, pelo pensamento religioso. Podemos encontrar inúmeros relatos de disputas intensas sobre doutrinas, questões de fé, mas algo comum em todos era o objetivo de manter o controle do povo e o poder do território. No ocidente, o principal exemplo do uso desse método foi o período da idade média ou idade das trevas, após a união entre a cultura filosófica grega antiga com a religião cristã. Pelos registros históricos que temos hoje é possível comprovar o uso desse método, com o domínio e expansão da antiga doutrina católica e após a primeira unificação desse controle, com a criação do chamado Primeiro Concílio de Nicéia em 325 d.C, um grupo que definia todos os preceitos religiosos da época e combatiam todas as ideias de religiões contrárias. Nem precisa dizer como eram realizados esses combates, não é mesmo? Essa unificação tomou mais força após um acontecimento marcante na cidade de Orleans na França no ano de 1022 d.C, quando os bispos do Concílio, julgaram e condenaram à morte um grupo de padres e seguidores, que ousaram questionar a doutrina religiosa. Ou seja, o pior exemplo “começou” dentro de casa! Daí em diante, se instalam séculos dos temidos movimentos de inquisição.

A luz resistia

Certamente, durante os anos da idade das trevas a busca pelo conhecimento resistia, continuava acesa uma fagulha do conhecimento científico, que se originou na Grécia Antiga, tal como falamos anteriormente. A chamada ciência medieval, até que trouxe avanços e descobertas, mas tudo era controlado e desvirtuado pela religião com o interesse do poder, tendo seu papel quase nulo em nossa história. Só depois de muitos anos, passamos a considerar o conhecimento científico como verdadeiramente científico, com o início do renascimento e fim da idade média.  A busca pelo conhecimento avança firme e cumulativamente, descobrindo leis e tornando invenções possíveis, permitindo que as pessoas façam coisas que não poderiam ser feitas antes.

A responsabilidade no uso das ferramentas esotéricas e ocultistas.

É de extrema importância, refletirmos como estamos vivenciando cada um destes conhecimentos ao usar alguma técnica, ferramenta esotérica ou oráculos, algumas bem antigas e que certamente foram motivos de perseguições e mortes praticadas pelos sedentos de poder, mas que resistiram ao tempo. Saberes que ainda carregam muitos estereótipos, mas que tem o potencial de nos colocar no controle da própria vida. É importante ter essa consciência, não para honrar todos aqueles que preservaram essas sabedorias, colocando a vida em risco, mas sim, em razão da responsabilidade pessoal conosco. Responder a si mesma sobre como você vem utilizando desses oráculos já traz indícios se você está realmente assumindo o protagonismo da sua vida, ou se está terceirizando a responsabilidade de aperfeiçoamento pessoal, esperando por meio de uma técnica milagrosa a solução do problema que mais te aflige, tal como um milagre surreal, sendo que o próprio ato de existirmos é a comprovação desse milagre e basta.

Viver sem terceirizar

Viver assim, terceirizando a sua responsabilidade para essas ferramentas é viver no desvio espiritual, termo não tão atual, que surgiu em 1980, pelo professor e psicoterapeuta John Welwood (1943-2019). Em seus ensaios e livros intitulou esse ato como Spiritual by-pass, que é a tendência de usar ideias e práticas espirituais para contornar ou evitar enfrentar problemas emocionais não resolvidos, feridas psicológicas e tarefas de desenvolvimento pessoal inacabadas. Não caia nessa cilada, pois o prejuízo não será somente seu, mas de todos aqueles que você também “influencia”.

Felipe Bezerra é Tarólogo, Astrólogo e Terapeuta Holístico na Origem Therapias.

Instagram: @origemtherapias

Site: https://www.origemtherapias.com.br/

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