É crescente o número de pessoas que se conectam com a ideia de usar o poder da mente para a materialização de desejos.
Não é de hoje que a humanidade conhece esse processo. Ele faz parte de uma sabedoria antiga, que se popularizou ainda mais com o lançamento do livro e filme “O Segredo”, no ano de 2006.
O que não é tão divulgado é que utilizar essa ferramenta de maneira equivocada pode levar a situações bem diferentes daquelas desejadas, construindo verdadeiros problemas.
Criando massinhas
O ser humano não é aquilo que se vê no espelho, mas é constituído de várias dimensões: física, energética, mental, emocional e espiritual.
Quando, por meio de pensamentos, construímos algo em nossa mente e emitimos uma emoção em relação a isso, emitimos uma vibração que cria o equivalente a “massinhas”.
Com o tempo e a repetição desse padrão de pensamentos e emoções, essas massinhas vão crescendo, sendo potencializadas e acabam por se manifestar no mundo material.
O bom e o não tão bom
Acontece que esse processo não tem filtro, ou seja, ele pode manifestar coisas que são positivas em sua vida e coisas que não são tão desejadas assim.
Além disso, ele ocorre não apenas de maneira consciente. Por isso, é muito importante se observar e prestar atenção no que pensa e no que sente (o famoso orai e vigiai), pois pode você estar encurralado em um padrão autodestrutivo.
Quem faz uso dessa técnica de maneira intencional pode imaginar que, por conhecer o processo, sempre irá construir o que deseja e ficará feliz quando acontecer, do tipo: “se eu estou pensando propositalmente nisso, é claro que terei satisfação quanto se materializar!”.
Entretanto, será que a concretização desse desejo realmente é algo bom para você?
Resposta na profundidade
O universo é perfeito e não há nada no mundo que não tenha uma razão de existir. Dessa forma, tudo o que existe possui um projeto de vida.
O projeto de vida é o “espírito da coisa”. De maneira didática, podemos exemplificar: o projeto de vida da cadeira é servir de apoio para sentar, o projeto de vida da escada é ser uma ferramenta para alguém subir… E cada um de nós também temos um projeto de vida.
Sobre o processo de pensar, sentir e materializar, será benéfico se estiver alinhado ao projeto de vida de cada um, se for coerente com o que o espírito da pessoa precisa viver.
Quando a massinha criada não faz parte do projeto de vida do indivíduo ou pode atrapalhar seu processo evolutivo, ela não se materializa no mundo físico e vira um bloco energético.
Esse bloco fica vinculado ao seu criador, como “orbitando” a pessoa e, por não ter função, precisa voltar à Terra como energia livre.
Para isso, é necessário um processo de “expurgo”, que pode ocorrer de diversas maneiras, como uma doença no corpo ou um processo de explosão, como batida de carro, um tombo, um surto, um tapa… situações, no mínimo, desagradáveis, né?
Dá pra amenizar
Por meio de trabalhos energéticos específicos, é possível desfazer esses blocos antes que eles cheguem ao ponto de precisar serem expurgados no campo físico. Mas, é necessário ir bem fundo.
Uma harmonização de chakras, por exemplo, não resolve essas questões, agindo apenas como um “analgésico”, pois os chakras são como um escapamento desses processos energéticos. O mais eficiente é ir na causa, no que está provocando o desequilíbrio dos chakras.
É muito importante também o ganho de consciência sobre o mundo espiritual e o conceito de projeto de vida.
Por estarem tão desconectadas desses aspectos e de si mesmas, as pessoas estão vivendo da maneira como alguém falou que deveria ser, do que o outro falou que é o melhor, do tem que ser de determinada forma. E isso faz com que criem cada vez mais massinhas desalinhadas a seu projeto pessoal e, consequentemente, blocos energéticos.
Um terapeuta pode ser um grande colaborador para desfazer essas massas que não tem nada a ver com você e ainda acompanhar seu processo de ganho de consciência e encontro com você mesmo.
Texto: Bia Albuquerque (@biaaterapeuta), humanoterapeuta, psicanalista espiritualista, facilitadora do Círculo da Vida e ledora de baralho terapêutico
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