Jesus Cristo é a figura base de uma das principais correntes religiosas contemporâneas, o cristianismo. Os Evangelhos Canônicos, textos pertencentes ao Novo Testamento, narram a história do nascimento do messias, segundo a crença cristã, com personagens como a Virgem Maria e o anjo Gabriel. E, assim como a Bíblia, o Alcorão também descreve esses acontecimentos – o menino Jesus nascendo da virgem e a figura do arcanjo. Mas, na versão islâmica, não tem manjedoura. Eles acreditam que o menino nasceu no deserto e que Alá indicou a Maria que comesse do fruto de uma árvore e bebesse da água de um riacho para que as dores do parto fossem aliviadas. De acordo com a crença muçulmana, Jesus declarou, bem pequeno, aos descrentes da história de sua mãe, que ele era um servo de Alá, que fez dele um profeta – para os muçulmanos, ele não é o filho de Deus, mas é um profeta que antecedeu o maior deles, Maomé. Outra diferença entre as duas religiões consiste no fato que os islâmicos consideram Jesus semelhante a Adão, porque ambos vieram ao mundo pela vontade divina. A questão de Adão e Eva também é explorada pelo islamismo, que surgiu quando o cristianismo e judaísmo já estavam consolidados. Eles acreditam na existência do casal, creem que Adão foi o primeiro profeta que já existiu, é o pai da humanidade e que todos os outros (Noé, Salomão, Jó, Moisés, Elias, João Batista e Jesus) são seus descendentes. Entretanto, para eles, a vida humana não foi um castigo por causa do fruto proibido. Conforme essa crença, o acontecimento foi uma advertência para o casal, que foi enviado a Terra em um momento posterior. LEIA TAMBÉM Texto: Érika Alfaro - Edição: Giovane Rocha noEmbed