Antes de alcançar a iluminação, ou seja, o estado de Nirvana, por meio da meditação, Sidarta Gautama passou por algumas experiências que o inspiraram a seguir o caminho que o levou a ser o Buda: 1. A primeira situação aconteceu quando Sidarta Gautama viu um idoso que tinha dificuldades para andar e que utilizava um bastão para que o peso de seu corpo fosse sustentado. 2. A segunda foi quando o príncipe conheceu um homem que estava tendo sua vida consumida por uma doença 3. A terceira, permitiu a ele o contato com o transporte de um cadáver que era levado por seus antigos companheiros para cremação. 4. Na quarta situação, Sidarta retornava ao palácio, quando encontrou um falso beato e percebeu que, mesmo com sua condição pobre, ele demonstrava em sua face uma paz muito grande. Essas situações estimularam Sidarta a renunciar ao conforto e aos seus bens, para buscar um caminho que lhe conduzisse à resposta para tantas injustiças e desigualdades, além de proporcionar a ele uma paz espiritual. Para isso, aproximou-se de mestres em suas peregrinações para que lhe ensinassem as filosofias mais famosas de seu tempo. Juntou-se a um grupo de sacerdotes da religião hindu e durante seis anos dedicou-se ao ascetismo, praticado por meio de orações e a privação de muitos hábitos além da mortificação por meio do jejum, castigando o corpo para provocar o próprio sofrimento a fim de inibir certas vontades. Mas, após esse período, ele percebeu que não era tão válido sacrificar-se dessa forma e que, levar o organismo a vivenciar a dor, não traria uma compreensão de liberdade. A busca de Sidarta era por uma vida equilibrada, com disciplina, para evitar extremos de prazer e de sofrimento que impedissem a clareza de reflexão ao pensar. Para ele, deveria haver um Caminho do Meio, ou seja, uma trajetória que pudesse evitar os dois extremos: o extremo da vida dos prazeres e, o outro, a vida dos sacrifícios rigorosos que são feitos para o alcance da paz espiritual. Assim, abandonou os sacerdotes hindus e chegou à conclusão que certos sacrifícios não conduzem à felicidade e à paz, até porque um corpo enfraquecido perturbaria a mente e a incapacitaria de se manter tranquila. LEIA TAMBÉM Texto: Gabriele Alves/Colaboradora - Edição: Giovane Rocha noEmbed