Constantemente ouvimos que o segredo para uma vida repleta de bem-estar e satisfação é o equilíbrio. Seja em qual área for – relacionamentos, alimentação, exercícios físicos, trabalho, lazer, estudos – a máxima de “nem oito e nem 80” parece conseguir contemplar todas as variáveis e indicar o melhor caminho para sua felicidade. Vamos refletir um pouco sobre a palavra “equiliíbrio”. Para mim, ela remete à ideia de igualdade, compensação, estabilidade e balanceamento. E para você? Faça uma breve pausa na leitura para esta reflexão. Seria, dessa forma, realmente possível viver uma vida equilibrada a todo momento em busca da felicidade?
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Do equilíbrio ideal à harmonia possível
A igualdade ou compensação decorrentes da ideia de equilíbrio soa como algo distante de ser concretizado, remetendo à certa idealização, mais como um foco do que como um alvo realmente possível de ser atingido.
Agora, vamos refletir sobre a palavra “harmonia”. Ela me sugere paz, conciliação, disposição ou combinação de elementos agradável e prazerosa, coesão e coerência. E para você?
Trazendo para a aplicação na vida prática do dia a dia, a harmonia significaria o ajuste de cada pessoa, coisa ou situação a seu respectivo lugar, de acordo com o momento mais adequado.
É natural que em certos momentos o foco da vida esteja mais em uma área, como os estudos, por exemplo, na época de pré-vestibular, ou os cuidados com o recém-nascido, ou no trabalho, quando se há o objetivo de consolidação na carreira.
Na música, é a relação harmoniosa entre as sonoridades que confere prazer e contentamento aos ouvintes, mesmo que um instrumento, voz ou batida se destaque mais do que o restante em alguns momentos.
Na vida ocorre o mesmo. O natural é que ela esteja constantemente desequilibrada, solicitando que direcionamos nossos esforços e energia mais para determinada área em determinado período.
Saber a hora de ajustar
Claro que é necessário ficar atento para perceber se o aspecto onde estamos colocando nosso foco em ter uma vida equilibrada é aquele mais coerente com a própria solicitação da vida ou se não estamos nos deixando levar devido a medos, traumas, preocupações irreais…
Por exemplo, alguém que se coloca como muito focado no trabalho pode estar vivenciando um problema de relacionamento conjugal. A vida está solicitando mais atenção para o casamento, mas a pessoa está resistente quanto a isso, fugindo de encarar a situação, e usa o trabalho para se esconder.
Por isso, um processo terapêutico é tão relevante e faz toda a diferença para sabermos captar e entender os sinais da vida e da nossa própria sabedoria interior, reconhecendo os nossos “pontos-cegos” e desenvolvendo mais autonomia para lidar com nossas questões.
Texto: Bia Albuquerque (@biaaterapeuta), terapeuta energético-espiritual, humanoterapeuta, psicanalista espiritualista, facilitadora do Círculo da Vida e ledora de baralho terapêutico.
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