Hoje (28), é Dia de Santo Tomás de Aquino, um dos grandes defensores da Filosofia e Teologia, considerado o grande protetor dos estudos. Conheça sua história de fé e sua oração poderosa.
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Acredita-se que Santo Tomás de Aquino tenha nascido no castelo de Roccasecca, no antigo condado do Reino da Sicília, que agora é conhecido como a região de Lazio, na Itália, em 1225. Seus pais eram abastados, mas como o filho mais novo, Tomás esperava entrar no mosteiro. Tomás conheceu suas influências filosóficas – Aristóteles, Averróis e Maimônides – na universidade, onde também conheceu João de São Julião, um pregador que o influenciou a ingressar na recém-fundada Ordem Dominicana.
Família era contra suas ideias
Quando a família de Santo Tomás de Aquino soube de sua decisão, sua mãe, Theodora, providenciou para que ele se mudasse para Paris. Contudo, Tomás seguiu adiante e, durante sua viagem para Roma, seus irmãos o capturaram e o devolveram a seus pais no castelo de Monte San Giovanni Campano. Ele foi mantido em cativeiro no castelo por 1 ano enquanto sua família tentava impedi-lo de ingressar na Ordem Dominicana. Em um esforço para mudar a opinião de Tomás, dois de seus irmãos contrataram uma prostituta para seduzi-lo, mas as lendas afirmam que Tomás a expulsou com um ferro de fogo. Naquela noite, dois anjos apareceram para ele em um sonho e fortaleceram sua determinação de permanecer celibatário.
Fuga e redenção
Quando Theodora percebeu que não poderia influenciar o filho, ela tentou preservar o nome da família organizando sua fuga por uma janela. Após sua fuga em 1244, Tomás foi estudar na Faculdade de Letras da Universidade de Paris, onde se acredita ter conhecido o erudito dominicano São Alberto Magno, presidente de Teologia no Colégio de St. James. Após a conclusão de sua educação, Tomás lecionou em Colônia como professor aprendiz e instruiu os alunos nos livros do Antigo Testamento.
Enquanto ensinava, Tomás escreveu sua obra mais famosa, Summa theologiae, que ele acreditava ser particularmente útil para estudantes iniciantes “pois um doutor da verdade católica deveria ensinar não apenas os proficientes, mas a ele cabe também instruir os iniciantes”. Ele fundou a universidade em Nápoles e assumiu o cargo de mestre regente. Em 1273, Tomás foi visto chorando e levitando em oração diante de um ícone do Cristo crucificado no convento dominicano de Nápoles, na Capela de São Nicolau. Durante esta oração, diz-se que Cristo lhe disse: “Escreveste bem sobre Mim, Tomás. Que recompensa queres?”. Tomás respondeu: “Nada mais que a Vós, Senhor.”
Após essa troca, algo aconteceu, mas Santo Tomás de Aquino nunca escreveu ou falou sobre isso. Abandonou a rotina e, quando lhe imploraram para que voltasse ao trabalho, respondeu: “Depois do que Deus se dignou revelar-me no dia de São Nicolau, parece-me palha tudo o que escrevi na minha vida, e por isso não posso escrever mais”.
Em maio de 1274, Tomás foi chamado ao Segundo Concílio de Lyon, onde seriam apresentadas suas obras para o Papa Urbano IV. Enquanto viajava para a reunião, Tomás bateu com a cabeça no galho de uma árvore caída e adoeceu. Ele recebeu seus últimos ritos e rezou: “Recebo-te, preço da redenção de minha alma, recebo-te, viático de minha peregrinação, por cujo amor estudei, realizei vigílias, sofri; preguei-te, ensinei; jamais disse algo contra ti, e, se o fiz, foi por ignorância e não insisto em meu erro; se ensinei mal a respeito deste sacramento ou de outros, submeto-o ao julgamento da Santa Igreja Romana, em obediência à qual deixo agora esta vida.”
Santo Tomás de Aquino morreu em 7 de Março de 1274 durante um comentário sobre o Cântico dos Cânticos. Os restos mortais de Tomás foram colocados na Igreja dos Jacobinos em Toulouse em 28 de janeiro de 1369.
Oração de Santo Tomás de Aquino
“Criador Inefável,
Vós que sois a fonte verdadeira da luz e da ciência,
derramai sobre as trevas da minha inteligência um raio da vossa claridade.
Dai-me inteligência para compreender,
memória para reter,
facilidade para aprender,
sutileza para interpretar
e graça abundante para falar.
Meu Deus, semeai em mim a semente da vossa bondade.
Fazei-me pobre sem ser miserável,
humilde sem fingimento,
alegre sem superficialidade,
sincero sem hipocrisia;
que faça o bem sem presunção,
que corrija o próximo sem arrogância,
que admita a sua correção sem soberba;
que a minha palavra e a minha vida sejam coerentes.
Concedei-me, Verdade das verdades,
inteligência para conhecer-Vos,
diligência para Vos procurar,
sabedoria para Vos encontrar,
uma boa conduta para Vos agradar,
confiança para esperar em Vós,
constância para fazer a Vossa vontade.
Orientai, meu Deus, a minha vida;
concedei-me saber o que me pedis
e ajudai-me a realizá-lo
para o meu próprio bem
e de todos os meus irmãos.
Amém.”
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