Eu já fui ateu. Quando criança, eu havia ido em um terreiro, mas a minha primeira vez depois quando adulto é uma boa história para contar. Meu pai não estava nada bem e levei ele ao terreiro, pois ele não podia sair sozinho. Eu estava vestido todo de preto, pois não acreditava em nada daquilo de espiritualidade. Quando chegamos lá e começaram os trabalhos, eu estava quieto, sentado, sem esboçar nenhuma reação. Até que, no primeiro toque de atabaque, me arrepiei inteiro e senti o meu coração acelerar.
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Não soube explicar o que estava sentindo, mas lembro que foi a primeira vez que percebi minha mente se aquietar. Eu estava tranquilo, até que senti meu corpo começar a formigar, o mundo girar, mesmo sentado. Meu peito parecia explodir, achei que iria morrer. Foi aí que eu comecei a chorar e fui parar lá dentro da gira. Era um povo falando arretado, pedindo para eu deixar vir a espiritualidade.
“Mas deixar vir o que?” – era o que eu dizia. Falaram, então, que eu tinha mediunidade, que eu precisava cuidar. E na minha cabeça, meu pedido era: “pelo amor de algo que exista, me leva ao hospital”. E, mais uma vez, eu ouvia: “você é médium”.
Eu sei que colocaram algo no meu pescoço, que parecia um peso, mas, ao mesmo tempo, era um alívio. Nesse momento, uma mulher, com um cigarro de palha na boca, me falou: “Você precisa trabalhar isso”. E eu olhei bem fundo nos olhos daquela mulher e respondi: “Eu não acredito nisso”. E ela me respondeu: “Você não precisa acreditar, você está sentindo!”. E foi aí que me deu um start. Assim que melhorei e saí de lá, fui embora para casa com o meu pai, jurando que nunca mais iria voltar. Porém, mal sabia que seria o início de um grande ciclo em minha vida.
Banho para reconexão com espiritualidade
Você vai precisar de:
1 litro de água fervida
1 ramo de alecrim
1 maço de hortelã
1 folha de espada-de-são-jorge
1 punhado de tabaco de boa qualidade.
Como preparar
Corte todos os ingredientes, coloque-os na água fervida, misturando. Assim que estiver morno, pegue esse preparo e esfregue as ervas em seu corpo – de cima para baixo que é para elevar a energia. E depois com a água desse banho, despeje do pescoço até os pés. As ervas que sobraram podem ser jogados em um vaso de planta normalmente.
Texto: Diego Agassi – Oraculista
Instafram: @diegoagassi
