Dos espiritualistas românticos aos materialistas céticos, é bem possível que, ao menos uma vez na vida, toda pessoa tenha se questionado sobre o propósito de sua existência. Seguindo nessa linha de reflexão, da busca pelos porquês de cada um, gostaria de propor uma expansão de perspectiva.
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Razão e propósito
Quando pensamos na razão da nossa vida como indivíduos, estamos nos separando do todo, nos colocando em uma posição de centro do Universo, como se, de alguma forma, tudo acontecesse para mim.
Observando os elementos e leis da natureza, percebemos que tudo tem uma função, uma razão de existir, que o mundo natural não desperdiça nada e não contém nada que seja aleatório.
Com base nesses aspectos, podemos perceber que a nossa existência também tem uma função, algo que nos torna imprescindíveis, mas sem que sejamos especiais por isso.
Portanto, para se atingir um ponto de maior clareza, uma outra reflexão se faz mais adequada: “o que a vida quer de mim?”. Você já parou por um momento para se fazer essa pergunta?
Individual e específico
Pensar sobre isso é essencial para encontrar o sentido de viver, a sua motivação e qual o seu real propósito.
Cada pessoa irá chegar a uma resposta, mais alinhada à própria realidade, com base em seus valores, repertório e referências. Também é válido considerar percepções sobre as relações com outras pessoas e os padrões que se repetem na própria vida.
Mas, basicamente, o que a vida quer de nós é que sejamos felizes.
Lendo assim, essa resposta pode parecer excessivamente simples e até meio bobinha, né? Só que não é isso que você quer, ser feliz?
O xis da questão é: você sabe o que te faz feliz?
Não é óbvio
Responder fica difícil porque é como se tivéssemos entendido a lógica do funcionamento da realização pessoal na vida de maneira equivocada.
Para sobrevivermos o coração precisa bater e precisamos respirar. Salvo em questões de problemas de saúde, o corpo faz tudo sozinho, sem que tenhamos que refletir ou nos esforçarmos para isso.
Há também a demanda por alimento e água. Novamente, o corpo por si só tem os mecanismos de sentirmos fome e sede e, instintivamente, buscamos saciar essas necessidades.
Como temos a vontade de viver a felicidade, a gente pressupõe que assim como esses processos naturais, por estarmos vivos, iremos naturalmente fazer escolhas no sentido de atingir esse objetivo.
Sua parte
Só que não é bem assim. A grande sabedoria da vida (pode chamar de Deus, de natureza ou como preferir) é perfeita. Ela nos garantiu os mecanismos do organismo físico para atendermos nossas necessidades básicas de sobrevivência.
Entretanto, no nível subjetivo, é dever de cada um buscar a sua felicidade. E esse é o nosso trabalho na face da Terra. Precisamos colocar nessa tarefa o nosso esforço.
É aí que mora o propósito. Aquilo que você faria mesmo que não precisasse, que faz superar condições e mover em direção à realização, simplesmente porque faz sentir o quentinho no coração. É o que faz feliz.
Por isso, é super válido um trabalho de desenvolver sua autopercepção e conhecer a si mesmo. Descobrir o que gosta, o que tem valor para você e fazer o que precisa para alcançar isso.
Às vezes, encontramos entraves e bloqueios nesse caminho. Superar esses desafios também faz parte do nosso papel. E você pode contar com auxílios nessa jornada, por exemplo, de um terapeuta energético-espiritual.
Faça a si mesmo a grande pergunta “O que a vida quer de mim?”, pois é a pergunta que realmente vale a pena ser feita. Não desista de buscar e dedique-se em realizar. Essa é a sua grande missão, o seu propósito.
Texto: Bia Albuquerque (@biaaterapeuta), terapeuta energético-espiritual, humanoterapeuta master, psicanalista espiritualista, facilitadora do Círculo da Vida e ledora de baralho terapêutico
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