O amor-próprio é essencial para a satisfação humana. É ele que irá embasar o autorrespeito e autocuidado, impor limites aos outros e impulsionar a busca pela realização dos desejos e vontades. O amor-próprio é proporcional à capacidade de aceitarmos a nós mesmos. Isso significa reconhecer e valorizar a própria individualidade, percebendo-se como um ser único e com um jeito de ser peculiar.
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Síndrome de Gabriela
Não se trata de permanecer irrefletidamente em uma postura de Síndrome de Gabriela – eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou sempre assim… – mas de observar com generosidade os próprios aspectos positivos e o potencial para fazer, com amorosidade, os movimentos e mudanças que considera necessários em sua vida.
Autodesprezo: armadilha do amor-próprio
A comparação doentia com outras pessoas, a tentativa de adequação ao que é imposto pela sociedade como ideal e o olhar não construtivo para nós mesmos estabelece um sentimento de autodesprezo.
Esse autodesprezo é uma espécie de auto traição. Ao invés de estarmos ali, nos amparando e apoiando para fazermos o que entendemos que é o melhor para as nossas vidas, estamos desperdiçando energia, roubando de nós mesmos a chance de uma vivência satisfatória e nos privando da oportunidade de crescimento.
Na prática, é como se você abrisse mão de você mesmo, algo como “tanto fez, tanto faz”, “minha felicidade não vale a pena, pois sou alguém desprezível”. Percebe quanta dor tem aí?
Diversidade
Podemos observar a natureza como uma expressão autêntica da sabedoria do Universo. Já percebeu como é rica a sua diversidade? São inúmeros tipos de animais e vegetais. Você já fez uma pesquisa da quantidade de variedade de insetos que existem na Terra? Ou ainda, já observou que, em uma mesma árvore, nenhuma folha é idêntica a outra?
Isso é a perfeição. Ela não se encontra apenas no indivíduo, mas na relação com os outros e com o meio. Essa composição é rica e valiosa justamente pelas variações, possibilidades e diferenças.
Um novo olhar
E você aí, achando que “ser diferente” era um problema. É justamente o nosso jeitão que contribui para a riqueza e pluralidade da humanidade.
Assim, o todo pode se expressar de diversas maneiras, a partir da individualidade de cada um.
Aceite a si mesmo como uma peça desse quebra-cabeças infinito, natural e perfeito. Perceba o seu lugar e a sua importância nesse tempo e espaço. Valorize a verdade e a vida que habitam em você. Honre a si mesmo.
Presente de amor!
Que tal oferecer a si mesmo um presente de amor em todos os níveis? E não é para fazer apenas uma vez ou um dia só e depois deixar de lado. Esse presente é algo que devemos dedicar a nós mesmos constantemente, como uma expressão do amor-próprio e da autoaceitação.
Nível físico: dê atenção e prazer a seu corpo, cuidando dele com carinho. Faça uma reflexão e veja o que faz sentido a cada momento. Talvez seu corpo esteja pedindo para se exercitar mais ou necessitando descansar. Esteja presente para si e providencie o que estiver a seu alcance agora.
Nível energético: perceba o que sente em determinados lugares ou na companhia de certas pessoas. Se isso suga a sua vitalidade, por que insiste em permanecer aí? Experimente tomar um banho de sol enquanto visualiza que sua bateria está sendo recarregada por meio da luz e do calor que toca a pele.
Nível mental: faça escolhas inteligentes. Por que acompanhar aquele perfil da rede social que só faz que se sinta inferiorizado? E qual o tipo de informação que fica colocando em sua mente, desgraças e angústias? Leia livros, veja filmes e séries que sejam compatíveis com você e seu propósito.
Nível emocional: você já se elogiou hoje? Que tal fazer uma lista de suas qualidades e conquistas? Preste atenção também na sensação de culpa e no autojulgamento. Faz sentido continuar carregando isso?
Nível espiritual: procure silenciar a mente e desligar-se por um instante das demandas do mundo e dos outros. Reserve esse momento para estar com você e busque aí dentro as respostas que precisa. Essa é a sua intuição, é a sua conexão com o divino, soprando por meio do seu coração o que deve ser feito.
Todas as pessoas merecem o melhor. Isso é prosperidade. Esse ciclo começa quando damos o nosso melhor a nós mesmos e ao mundo. E se perpetua ao aprendermos a reconhecer e receber todas essas bênçãos com naturalidade e satisfação.
Texto: Bia Albuquerque (@biaaterapeuta), terapeuta energético-espiritual, humanoterapeuta master, psicanalista espiritualista, facilitadora do Círculo da Vida e ledora de baralho terapêutico
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