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Sexta-feira 13 e o arcano maior A Morte traz um portal para a sua transformação

A sexta-feira 13 e o arcano A Morte são interpretados com simbologias semelhantes. Entendas as energias que os conduzem

à direita um baralho de cartas de tarot e à esquerda a carta a morte em fundo azul
Entenda a interpretação e simbologia do arcano e da data - Foto: Shutterstock

Você já se pegou pensando sobre a verdadeira natureza das superstições? A sexta-feira 13 é um dia que, ao longo dos séculos, ganhou uma fama de azar e temor. No entanto, será que essa data realmente carrega uma energia negativa? No Tarot, a carta de número 13, conhecida como A Morte, oferece uma perspectiva que pode mudar a forma como enxergamos esse dia tão enigmático. Neste artigo, vamos desmistificar esse medo e explorar a história. Além disso, vamos entender como essa combinação pode ser aplicada a fim de nos ajudar a transformar o temor em uma poderosa ferramenta de autodescoberta e evolução.

Uma viagem ao passado

Superstições fazem parte da cultura social de toda a humanidade. Elas são como janelas que revelam as ansiedades, esperanças e crenças mais profundas do ser humano. Psicologicamente, a fé em algo maior, seja uma força benevolente ou uma entidade protetora, fornece ao ser humano um sentido de ordem em um mundo que muitas vezes parece caótico e imprevisível. Desse modo, isso pode aumentar nossa confiança e resiliência diante dos desafios. Contudo, o oposto também é verdadeiro: a ideia de azar pode gerar medo e paralisia, criando um ciclo de autossabotagem que nos impede de progredir.

A sexta-feira 13, por exemplo, é um desses símbolos de azar que sobreviveu ao tempo, carregando consigo uma aura de mistério e temor. A origem da superstição em torno da sexta-feira 13 pode ser encontrada em muitas narrativas culturais e religiosas. Uma das explicações mais conhecidas é a Última Ceia de Cristo, onde 13 pessoas estavam presentes, com Judas Iscariotes sendo o traidor. Já na mitologia nórdica, há uma lenda sobre um banquete entre 12 deuses, que foi interrompido por Loki, o deus da trapaça, tornando-se o 13º convidado e trazendo o caos e o azar. Este evento também fortaleceu a ideia de que o número 13 estava associado ao desequilíbrio e ao infortúnio.

Era medieval e o golpe de Azar

Um dos exemplos mais notórios desse temor foi a execução em massa dos Cavaleiros Templários. Em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307, o rei francês Filipe IV ordenou a prisão de centenas de membros dessa ordem militar religiosa, acusando-os de heresia, idolatria, sodomia, ocultismos, magia e outros crimes. Entretanto seu objetivo era totalmente político, ideológico e principalmente financeiro. Devido a sua grande dívida com a ordem dos templários, o rei não mediu esforços para convencer o próprio Papa de suprimir essa ordem poucos anos após o ocorrido.

Muitos Templários foram torturados e executados, naquela fatídica sexta-feira 13, consolidando a data como um marco trágico na história. No entanto, podemos constatar que em todas as narrativas esse dia carregava um poder sombrio de revelar a obscuridade do próprio ser humano.

A Morte, o arcano número 13 do Tarot

Sem dúvida essa é uma das mais temidas e mal compreendidas do tarot. Sempre que ela sai em uma leitura sua imagem evoca um temor quase instintivo, alimentado pela nossa aversão ao fim e à mudança. Para muitos, a simples menção da Morte pode gerar ansiedade e receio. Assim como a ideia da sexta-feira 13, como se a carta trouxesse consigo uma premonição inevitável.

No entanto, esse medo é frequentemente baseado em mal-entendidos sobre a verdadeira natureza e simbologia nesta carta poderosa. Na ilustração tradicional do Tarot de Rider Waite e Pamela Colman, a Morte é representada como um cavaleiro esquelético montado em um cavalo branco e segurando um estandarte contendo o símbolo da Rosa Tudor em luto.

Essa é uma clara representação da Guerra das Rosas, uma série de lutas dinásticas pelo trono da Inglaterra, entre as famílias York e Lancaster que durou cerca de 30 anos. Na ilustração figura da morte avança inexoravelmente através de uma paisagem onde tanto reis, súditos e até um papa sucumbem ao seu avanço. O cavalo, símbolo de força e determinação, representa o poder implacável da mudança, que não poupa ninguém, independentemente de sua posição ou status social. A cor branca do cavalo, tradicionalmente associada à pureza e novos começos, sugere que o fim trazido pela Morte nesse caso não é um término absoluto, mas uma transição necessária para algo novo em nossas vidas.

Uma interpretação correta para as finalizações segundo a Psicanálise

Na ilustração do arcano maior A Morte, vemos no chão figuras que representam a diversidade da humanidade: o rei, que representa o poder terreno, a criança, que simboliza a inocência, e o papa, que encarna a espiritualidade. Todos, sem exceção, devem enfrentar a Morte, a finalização sem maiores estragos lembrando-nos da universalidade e inevitabilidade das mudanças na vida.

O arcano a Morte surge para nos lembrar de que o ciclo de renovação em alguma situação é necessário. Além disso, sugere que o novo só pode emergir quando nós liberamos o velho. Muitas vezes confundimos essa habilidade vital como sinônimo de fracasso, entretanto segundo o psicanalista Adam Phillips, reconfigurar essa interpretação é extremamente necessária se desejamos uma vida mais leve e fluida. Em seu livro Sobre Desistir, Phillips argumenta que desistir não é sinônimo de fracasso, mas sim um ato de liberdade. Ao desistir, escolhemos deixar para trás aquilo que nos aprisiona, abrindo espaço para novas experiências e possibilidades.

Sexta-feira 13, psicanálise e evolução

Embora desconfortável, isso é fundamental para a evolução pessoal e espiritual, ainda que seja assustador porque nos força a confrontar o vazio deixado pelo que foi abandonado. Do contrário, a insistência em manter aquilo que não tem mais lugar em nossa vida nos impede de progredir.

Finalizar ou desistir é, na verdade, uma forma de renúncia que leva à transformação pessoal, ver a desistência como uma aceitação sabia da mudança é um cenário mais congruente pois à medida que o tempo passa, é natural que certos aspectos de nossas vidas deixem de ser relevantes, e aprender a desistir deles é uma parte essencial para o nosso crescimento e amadurecimento. Agora que você sabe um pouco mais sobre isso, que tal refletir sobre qual aspecto sombrio sobre você mesmo é preciso abrir mão nessa sexta-feira 13 para ver a sua vida fluir?

Que o autoamor nos guie e que a fé nos acompanhe!

Felipe Bezerra é Tarólogo, Astrólogo e Terapeuta Holístico na Origem Therapias.

Instagram:@origemtherapias

Site:https://www.origemtherapias.com.br

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