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Arcano “O Mago”: aprenda a assumir sua magia e fazer acontecer

Conheça a magia do “O Mago” do tarot, arcano que representa a razão, a racionalidade, o conhecimento e a mente.

ao centro há a carta o mago do tarot e o fundo é o verso de várias cartas de tarot
Entenda as interpretações desta carta - Foto: Shutterstock

Em algum momento da vida, todos nós nos deparamos com aquela vontade de apertar o reset e recomeçar tudo outra vez. Seja em razão dos desafios dolorosos que vivenciamos, seja pela monotonia que impregnou nosso ser ou ainda pela amargura que se alastra. O fato é que uma nova oportunidade nos é entregue em cada novo dia que amanhece. Talvez você só tenha se dado conta agora, que assim como Bill Murray no filme Feitiço do Tempo, você vai reviver indefinidamente o mesmo dia até que mude as suas atitudes. E falando em feitiço, nada melhor que o Arcano maior O Mago para nos ensinar.

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Assim na terra como no céu, assim dentro como fora

O Mago do tarot, possui o mesmo princípio que Mercúrio na astrologia, o planeta que representa a razão, a racionalidade, o conhecimento, a mente. Esse é o atributo que julgam nos diferenciar de tantos outros seres existentes no planeta. A primeira das sete leis herméticas nos diz que “O todo é mente, o universo é mental”, então toda criação parte da mente, assim tudo nasce de uma ideia. Mas existem leis que comandam o funcionamento do universo e obviamente também atuam nessas ideias, leis que são inquebráveis.

Mesmo que em nossa interpretação pessoal as coisas que nos acontecem pareçam um caos, cheias de desordens, oscilações e desafios. Se olharmos com atenção podemos reconhecer uma ideia central, um padrão. E muito provavelmente essa é uma das dicas principais que o arcano maior O Mago nos traz. Usar da nossa capacidade mental para entender o que está nos levando aos resultados atuais. Você já se perguntou qual é o padrão que está por trás das situações que te causam desconforto?

Eu sou

Nos caminhos da magia todo aspirante a mago passa por um processo de iniciação, como aprendiz. Até que esteja pronto o suficiente para ser capaz de seguir a sua própria jornada, assumindo a totalidade da sua potência. Na vida é exatamente isso que nos acontece, nascemos totalmente dependentes, somos acolhidos e crescemos sob um sistema, com ordens e hierarquia pelo qual o mundo nos é apresentado, mas ao alcançar uma certa idade, passamos a ser responsáveis por nós mesmos. Na psicologia Jung denominou essa iniciação do caminho de autocompreensão como o processo de individuação, ao contrário do que muitos pensam, esse processo não se alcança, mas sim nos acompanha o resto da vida.

O mago é o arcano de número 01 e esse número simboliza o início de tudo e também o uno (muito conhecido no mundo esotérico como o Eu com o Todo, somos um só). É a representação da conexão entre o Ego e o Self, o eu que aprendemos a ser, e o eu que nascemos sendo. Uma inteligência inexplicável que acessamos sempre que estamos abertos para a vida. Nós sempre teremos algo para descobrir, basta estarmos abertos a isso.

O Mago

Para simbolizar todas as bagagens que já possuímos antes de nos tornar indivíduos “independentes”, é que se tem uma mesa repleta de instrumentos na ilustração deste arcano maior do tarot. Nessa mesa vemos os quatro elementos da natureza (terra, fogo, água e ar), que também simbolizam as nossas quatro funções psíquicas segundo Jung (sensação, intuição, sentimento e pensamento). Por meio da manipulação dessas funções e desses elementos, nós somos capazes de manifestar e multiplicar os nossos recursos.

Perceba que essa bagagem que o Mago traz, não diz muito sobre ele. O que dirá são as suas obras, o que ele fará com o que possui. Mas inicialmente elas não são descartadas, até porque nada se cria do absoluto nada. Por isso não interessa se ao longo da sua vida, você foi seguindo caminhos totalmente distantes da verdade que hoje você conhece sobre si, ainda dá tempo de usar tudo isso ao seu favor.

Na ilustração de alguns tarot, vemos esse mago com um chapéu na cabeça formando o símbolo do infinito. Representa que ele desenvolveu o dom da magia mental, utiliza ao seu favor tudo o que possui e conhece todas leis naturais do universo sem distinção de boas ou ruins. Ele se conscientiza do próprio ser, para iniciar o que Jung chamava de a grande alquimia, um processo muito conhecido atualmente e que já foi até mesmo tema de música.  

O início, o fim e o meio

Raul Seixas, considerado por muitos como o pai do Rock no Brasil, escreveu e cantou em sua música Gita, todo esse processo conhecido como alquimia psicológica. Em uma entrevista dada para o Fantástico no ano de 1974, inicia sua explicação citando exatamente sobre o interesse súbito pelos mistérios da vida e pelos assuntos que na época eram considerados como mágicos. Raul diz que a música Gita, desperta em cada um o que a pessoa é, o bem e o mal como sendo uma coisa só e Deus como esse todo. E finaliza dizendo que “Cada um é sua própria estrela…cada um gira em torno de si, embora dentro desse plano a gente tenha que interagir”.

A alquimia é um processo de transmutação, é quando mudamos a essência, a natureza do que conhecemos. Psicologicamente é quando deixamos de nos assemelhar e principalmente viver como um antigo eu, uma antiga forma. Até porque como disse antes, nada se cria do nada. Mas para essa transmutação acontecer precisamos reconhecer a nossa potência, tudo o que podemos ser sem distinção de absolutamente nada, tal como diz Raul em um dos versos de sua música “Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga, eu sou a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada”.

“O Mago”: eu Serei o que Serei

Um dos versos mais famosos da Torá foi a resposta de Deus para Moisés, no chamado “velho testamento”. Quando Moisés perguntou o nome de Deus, a resposta que ele ouviu foi “Eu sou o que sou”, ou na tradução original “Eu Serei o que Serei”. No mundo holístico o termo Eu Sou é muito utilizado nas afirmações das meditações, se você já realizou uma meditação guiada, certamente já ouviu as frases “Eu sou o Eu sou, Eu sou alegre, Eu sou próspero, Eu sou saudável, etc”. São por essas afirmações que o processo alquímico se inicia, da forma mais básica. 

Quando ao invés de nos assemelhamos com o problema, sentimentos de frustração, raiva e ódio em razão das dificuldades que estamos vivendo e sentindo no momento; passamos a dar voz ao nosso outro polo. Aquele que também está em nós, aquele que estava em paz antes de tudo acontecer, aquele que sentia o amor e não o ódio. Daí a ideia de não se corromper, colocar o foco novamente no que importa e assim preservar esse ouro interno.

Felipe Bezerra é Tarólogo, Astrólogo e Terapeuta Holístico na Origem Therapias.

Instagram: @origemtherapias

Site: https://www.origemtherapias.com.br/

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