Não há uma origem e data precisa sobre o surgimento da leitura das mãos, no entanto, as mais fortes evidências se encontram principalmente na Índia e na China, onde ainda hoje essa arte é usada na Medicina. No antigo Egito, onde os faraós não travavam uma guerra sequer sem antes consultar seus magos e saber o que o destino reservava ao seu povo, existem manuscritos onde já eram mencionadas a leitura de mãos.
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Leitura das mãos como mapas
Nascida há mais de 5 mil anos, acredita-se que sua força maior veio da índia, onde se seguia uma vertente chamada Quiromancia Védica, que era praticada pelos magos (yogui) da época. Esta vertente está diretamente ligada à personalidade, ao emocional do consulente e famosa por auxiliar os reis indianos na grande tomada de decisões.
Eles acreditavam que nossas mãos eram como mapas que nos permitiam visualizar e analisar os principais sentidos de nossa vida. Por isso, também se pensava que por meio delas era possível identificar bruxas e magos, já que determinadas manchas nas mãos indicariam um pacto com o “diabo” na antiga era da inquisição.
Astrologia como base
Atualmente, a procura desta “arte” se dá pelo seu aspecto terapêutico e de autoajuda. Um dos grandes mestres da quiromancia foi Aristóteles, pois ele acreditava que a mão era o principal órgão do corpo, e assim, ensinou este antigo conhecimento para um de seus queridos pupilos, Alexandre “O Grande”.
Com o decorrer do tempo, essa arte mística sofreu influência da Astrologia, por isso, algumas partes da mão receberam o nome de planetas, como, por exemplo: Monte de Vênus e a Linha de Saturno – e é através desta influência planetária que surgem os presságios para o futuro, baseados em formatos e densidades das linhas e montes.
Povo cigano e a leitura das mãos
Atualmente atribui-se aos ciganos a arte da leitura das mãos. Sabe-se que se originaram do norte da Índia, que migraram e expandiram para o resto do mundo, popularizando a quiromancia. E, por isso, quando falamos de leitura de mãos, logo visualizamos a imagem de uma cigana. Essas mulheres tinham a exclusividade da vidência e do jogo de cartas, sendo o único trabalho permitido para as mulheres dentro das grandes comunidades ciganas.
Este tipo de previsão está diretamente ligado a elas, que desde criança (geralmente a partir dos 7 anos) aprendia-se a oracular com sua mãe e passava futuramente o aprendizado para suas filhas. Este é considerado o seu trabalho mais rendoso, pois da previsão do destino nas mãos nascem os feitiços e magias para o amor e os trabalhos espirituais para melhorar a vida. Os ciganos praticam a leitura de mãos em suas Tsaras (tendas ou casas) e, com o fortalecimento da sua tradição, esta arte se fortaleceu e pode ser vista até hoje nas ruas das grandes metrópoles.
Quiromancia ou quirologia?
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Segundo fatos históricos, a Quiromancia (Quiro: mão – mancia: adivinhação) nasceu primeiro, na necessidade de se sentir e intuir a influência da vida do consulente através das mãos. Uma se refere ao ato de traduzir o invisível usando um método intuitivo e o outro ao ato de descrever a realidade usando um método lógico – bom quiromante deve integrar um método ao outro.
Alguns adeptos da Quirologia (quiro: mão – logia: estudo) repudiam as percepções intuitivas da Quiromancia focando apenas no método racional e científico – isso faz com que a abordagem holística se perca com o passar dos tempos. Contudo, unir os dois métodos é a melhor forma de alcançar uma consulta clara e objetiva.
Entre as linhas mais famosas está a linha da vida, do coração, dos filhos e os montes planetários. Numa consulta de leitura de mãos é capaz de se identificar aspectos da personalidade, presságios do futuro, tendências e influências do passado, também a capacidade de ter ou não filhos e informações sobre nossa saúde. Isso faz com que a leitura de mãos se torne a cada dia uma das ferramentas mais procuradas na área holística oracular.
